O muro do Estabelecimento Penal Masculino de Ponta Porã, cidade localizada na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai, desabou nesta quarta-feira (6) em decorrência de uma forte chuva que atingiu a região. Com quatro metros de altura, a estrutura comprometida gerou apreensão entre os mais de 470 detentos abrigados no local e mobilizou a população e servidores em busca de soluções urgentes para fortalecer a segurança.
De acordo com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), o presídio tem capacidade para 324 vagas, mas atualmente abriga 477 presos, dos quais 52% respondem por tráfico de drogas. Essa superlotação, somada à queda do muro, intensificou os riscos de segurança no local.
O presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária do Estado do Mato Grosso do Sul (Sinsap/MS), André Santiago, destacou que o desabamento expõe a fragilidade da estrutura do presídio e eleva as preocupações quanto à possibilidade de fugas e motins. “É um presídio de fronteira, a menos de mil metros da fronteira seca. A inércia em resolver esse problema coloca a sociedade e os servidores em risco, podendo ocorrer tentativas de fuga em massa ou ações externas para resgates de presos”, afirmou Santiago.