A família do mecânico Bruno Lopes de Freitas, de 33 anos, que morreu em um trágico acidente de trabalho na última segunda-feira (3) em Sidrolândia, denuncia um suposto descaso do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Campo Grande. Segundo a denúncia, o corpo de Bruno foi entregue aos familiares em estado de decomposição avançada e com larvas.
Bruno faleceu após ser prensado por uma carreta em uma oficina, quando um macaco hidráulico cedeu. Devido à ausência de um IML em Sidrolândia, o corpo foi encaminhado para a capital.
De acordo com Gislaine Brito, prima de Bruno, o corpo chegou ao Imol de Campo Grande às 22h, mas permaneceu sem refrigeração até as 10h da manhã seguinte, quando um médico realizou a perícia. Gislaine relata que, durante esse período, o corpo ficou exposto a moscas e em estado de decomposição, com larvas visíveis.
A situação era tão grave que a empresa responsável pelo traslado do corpo não conseguiu realizar os procedimentos necessários, como a aplicação de formol, e precisou lacrar o caixão. A família lamenta que o estado do corpo impediu a realização de um velório com caixão aberto, impossibilitando um adeus adequado.
A família expressou indignação com o suposto descaso do Imol, questionando como um corpo pode permanecer por tanto tempo sem refrigeração, demonstrando um desrespeito à dignidade humana e ao sofrimento dos familiares. O corpo de Bruno foi enterrado na manhã desta quarta-feira (5) em Sidrolândia. Ele deixa esposa e dois filhos.